Gestão Empresarial – criando vantagem competitiva na cadeia de valor

Não é relevante o tamanho da empresa, o faturamento que aufere o setor em que atua, a sua localização ou o público que atende.

É de pouca importância se estamos falando do pipoqueiro que atende a escola do bairro, da costureira que trabalha na periferia, da imensa fábrica de cervejas da cidade ou da colossal usina siderúrgica do país.

Todas precisam de uma gestão empresarial para atender seus clientes, obter os resultados planejados a qual se alargará ou se sofisticará, na medida em que crescem seus negócios.

A gestão empresarial eficiente permite uma luta vitoriosa contra a concorrência e dentro dos padrões éticos que se espera de uma empresa inserida em qualquer sociedade civilizada e, mais ainda, obtendo lucros.

Assim sendo, qualquer empresa se relaciona com o mundo exterior quer seja de maneira informal ou tímida ou seletiva ou em larga medida como mostra a figura abaixo.

Figura 1 – A empresa e o relacionamento com as partes interessadas.

Para cumprir seus objetivos há funções na gestão empresarial que precisam existir, por menor que seja a organização e que serão aprimoradas e, talvez rebuscadas, ao longo da existência da sociedade e que poderíamos citar, entre outras, ao observar o organograma abaixo.

Figura 2 – organograma empresarial

Todavia, não deixemos sair do radar que todos os cargos só estarão preenchidos, possivelmente, quando a organização galgar um patamar de “grande empresa”. Porém, a maioria das funções será executada desde os primórdios da empresa, às vezes, de maneira empírica.

Em essência, destacamos as seguintes áreas ou funções que alicerçam as empresas desde a sua fundação:

Administração – cuidando dos recursos humanos e tecnológicos bem como da área de suprimentos; Comercial – tendo como objetivo maior a busca de um crescente, sustentável e lucrativo faturamento; Produção – entendendo–se que esta área colocará à disposição do comercial os produtos, serviços e mercadorias;

Finanças – recaindo aqui a responsabilidade em prover recursos para o negócio, fazer o controle da organização, obedecer e fazer obedecer a legislação tributária.

Claro que em toda organização há o responsável máximo pela gestão que deve coordenar as áreas para que a empresa seja competitiva e atinja os seus fins colimados que é crescer obtendo lucro.

Também é indiferente que este responsável seja o dono do empreendimento, na empresa iniciante, ou o CEO, eleito pelo conselho, nas empresas já maduras,

Fundamental é a presença de um líder apontando os caminhos e motivando as pessoas, ou seja, que obtenha resultados através de seus comandados.

Diz-se, há muito tempo e com bastante propriedade, que não podemos dominar os ventos, mas devemos ajustar as velas para que a navegação seja proveitosa usando-se a sua velocidade e sentido.

Isto quer dizer que devemos conhecer na empresa a velocidade e a direção dos ventos lançando mão de ferramentas e alguns indicadores mínimos, mas fundamentais para manter o crescimento da organização e seriam eles:

EBITDA

Significado – Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization  (Lucro Antes dos Juros, Impostos sobre o Lucro, Depreciação e Amortização )

O EBITDA representa a geração operacional de caixa da companhia, ou seja, o quanto a empresa gera de recursos apenas em suas atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos.

FLUXO DE CAIXA

É o instrumento de programação financeira, que corresponde às estimativas de entradas e saídas de Caixa, em certo período de tempo projetado. Ferramenta fundamental para o planejamento dos investimentos.

INDICADORES DE ATIVIDADE – ciclo financeiro

São indicadores que nos possibilitam conhecer a evolução da atividade operacional da empresa. São os prazos de rotação dos estoques, recebimento das vendas, pagamentos das compras. Esses indicadores indicam quantos dias em média a empresa leva para pagar suas compras, receber suas vendas, renovar seus estoques.

INDICADORES DE RENTABILIDADE

Apontam claramente se a estratégia da empresa está correta e para onde ela está caminhando. E é através deles que novos investidores costumam decidir se vale a pena ou não injetar mais dinheiro na empresa.

Erico Barros

Erico Barros

Conselheiro e sócio do Aquila, é administrador com especialização em economia e finanças pela University of Cambridge e avaliação de negócios governamentais pela USP. Participou do Program for Management Development da Harvard University e integrou a 1° missão de executivos brasileiros ao Japão, em 1991. Atua há mais de três décadas com a gestão de organizações de diversos segmentos. Autor do livro técnico, Análise Financeira – Enfoque Empresarial (2016).

Compartilhe:

Compartilhar no linkedin
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter