Dólar cai com expectativa de reabertura das principais economias do mundo

Publicado em: 27/04/20

Depois de uma sexta-feira agitada, com a saída de um dos principais membros do governo de Jair Bolsonaro, neste início de semana, o mercado brasileiro volta a acompanhar o cenário externo, que segue positivo com as expectativas de reabertura das principais economias do mundo. Às 9h30, o dólar comercial caía 1,1% e era vendido por 5,603 reais. 

Em países europeus mais impactados pelo coronavírus, os números de mortos pela doença chegam nas mínimas de 30 dias ou mais. Na Espanha, segundo país com a maior quantidade de casos confirmados, já há sinais de afrouxamento da quarentena. Já a Itália deve começar a reabrir sua economia a partir do dia 5 de maio.

Nos Estados Unidos, epicentro da doença com cerca de 966.000 infectados e 55.000 mortos, estados menos atingidos pelo coronavírus, como Mississipi, Colorado e Tennessee devem experimentar uma reabertura econômica. Em Nova York, estado mais casos de coronavírus, a reabertura gradual deve começar a partir de 15 de maio, de acordo com o governador Andrew Cuomo.

À espera de uma maior da atividade econômica, ativos considerados mais arriscados, como ações e moedas de países emergentes tinham um dia positivo. Nesta manhã, divisas como o peso mexicano, o rublo russo e a rúpia indiana ganhavam força contra o dólar. Movimento semelhante foi observado na última sexta-feira, mas o mercado brasileiro tomou uma direção própria (e negativa), após confirmada a saída de Sérgio Moro do ministério da Justiça. Na última sessão, o dólar fechou em alta de 2,5%, cotado a 5,668 reais.

Apesar da atual valorização do real, investidores ainda estão preocupados com a possibilidade de o ministro da Economia, Paulo Guedes, também deixar o governo. Isso porque o mercado vê com desconfiança o projeto de estímulo de 300 bilhões de reais apresentado pelo ministro da Casa Civil, General Braga Netto, ao qual Guedes se opôs. Para alguns analistas, Bolsonaro pode estar “fritando” o ministro da Economia para que ele saia.

Para este pregão, o Banco Central volta a atuar no mercado de câmbio com leilão de 10 mil contratos de swap. A medida tem sido tomada diariamente para tentar prover maior liquidez.

Fonte: Exame

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