Meritocracia para acelerar resultados

Conceito imprescindível para organizações que dependem cada vez mais da eficiência conjunta da equipe frente aos desafios do ambiente externo, a meritocracia assume papel de destaque em períodos de desaceleração econômica. Entretanto, a adoção de iniciativas ligadas ao tema deve ser realizada dentro de uma estratégia de longo prazo e com base em critérios bem fundamentados.

A advertência foi feita pelo sócio do Instituto Aquila, Mario Henrique França Marques, palestrante do seminário sobre políticas de remuneração variável e práticas de RH que fortalecem o alcance dos resultados operacionais, promovido pelo Business Club World Trade Center, de Belo Horizonte, no Museu Inimá de Paula. Também fizeram parte da agenda os representantes da Coca-Cola Femsa, da consultoria de RH Lee Hecht Harrison e Dell Brasil.

Nas palavras de Marques, boa parte das empresas brasileiras já compreendeu as vantagens da remuneração variável não apenas como método de retenção, mas também uma forma de recompensar ou premiar funcionários dedicados e alinhados às metas, porém, algumas ainda sofrem com a forma como estão sendo instituídas. “É preciso trabalhar com inteligência competitiva. A estratégia não pode ficar confinada à liderança, mas muitas empresas se esquecem da comunicação com o operacional. Infelizmente conheço alguns cases em que nem mesmo a alta gestão sabe onde a empresa quer chegar e por quais caminhos”, destacou.

O consultor ressaltou que, se por um lado, o estímulo comum a todos e o alinhamento dos esforços com os objetivos traçados são algumas das vantagens, os perigos também não são poucos: geração de injustiças, incentivos errados, avaliação que não contempla todas as esferas de resultado e a falta de atenção com áreas de apoio. Do ponto de vista de uma organização privada e com fins lucrativos, a ideia de meritocracia pode contribuir para maior foco nas relações profissionais, em detrimento de outras condições arbitrárias.

Independente do modelo escolhido, como por exemplo a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) ou Comissionamento, é essencial que a implantação seja clara e objetiva e se leve em conta fatores variáveis, tais como característica da empresa, do indivíduo e da equipe, participação no mercado e rentabilidade, longo e curto prazo e foco em solução.

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