2015: o ano da verdade para o Brasil

O ano de 2014 ficará marcado pelo processo eleitoral mais disputado da história brasileira. O clima acirrou-se como nunca: muitas ideias foram colocadas e diversos compromissos foram assumidos em nome do sucesso nas eleições.

Porém, com frequência, e em todas as esferas, o debate político baseou-se unicamente nos montantes investidos em cada área de interesse do cidadão, como educação, saúde e segurança pública.

 

Talvez passe despercebido ao cidadão comum o fato de que o debate político carece de um enfoque gerencial. A começar pela evolução dos indicadores básicos.

 

Perguntamos: quantas vezes foram ouvidos os termos “IDH”, “Taxa de Analfabetismo”, “Expectativa de vida do cidadão”, “Taxa de Homicídios” dentre outros intimamente ligados à qualidade de vida do brasileiro? Ouvíamos apenas as cifras investidas em cada área, na ilusão de que a correlação seria direta com a melhoria dos resultados.

 

O fato é que, apesar do investimento contínuo, os estados, e, por consequência o país, vem evoluindo muito pouco nos rankings nacionais e internacionais.

 

Na visão gerencial, para que se crie um ciclo virtuoso, os objetivos de cada área precisam ser priorizados e transformados em metas claras e alinhadas às estruturas governamentais. Metas são mais fortes do que simples promessas: precisam conter não só os objetivos, mas também os prazos de cumprimento.

 

A partir daí, é necessário analisar onde é prioritário atuar, eleger as causas mais impactantes e montar planos de ação robustos para resolver os problemas.

 

Um bom exemplo é a área da educação: já temos os índices oficiais mensurados periodicamente, como o IDEB e a Prova Brasil. As metas também existem. Mas quais são as causas e os planos institucionais para melhorar a sua qualidade? Apenas investir mais recursos públicos basta? A experiência tem demonstrado que não.

 

Igualmente, na saúde, se o objetivo é a melhoria da qualidade da saúde do cidadão, não basta apenas destinar mais recursos para aumentar o número de médicos. Há outras causas importantes a serem verificadas, como a disponibilidade de leitos, a falta de prevenção, etc. Estas causas variam de estado para estado, de município a município.

 

A sensação é que tanto o cidadão quanto o gestor público anseiam por mudanças. Mas pouco ainda se sabe sobre o caminho, o método para as melhorias estruturais do país.

 

Que, a partir de 2015, os gestores eleitos e nomeados façam uma visão crítica profunda de sua missão, e sobre como desejam entrar para a história: contribuindo ou não para melhorar os estados e o Brasil.

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