A economia brasileira, como se sabe, passa por um momento desafiador. Em 2016, o PIB encolheu 3,6%, com retração em todos os setores da economia. Para as empresas, lidar com a recessão pode ser um desafio, mas não uma desculpa para deixar de olhar o futuro. Será que as organizações estão fazendo o dever de casa para ganhar tração quando o mercado se aquecer?

Foi essa a reflexão que Maurício Chaves, sócio do Aquila, levou para o debate Estratégias para Recuperação e Crescimento, promovido em parceria com o escritório Manucci Advogados, no início de maio. Segundo Chaves, há muitas oportunidades para amadurecer a gestão das empresas brasileiras. Práticas como a definição de metas em todos os níveis da organização, criação de planos de ação e o acompanhamento sistemático de resultados ajudariam diversos negócios a crescer.

A melhoria da gestão se aplica, inclusive, aos departamentos jurídicos das empresas – o público alvo do evento. A redução do valor médio pago por condenação, a redução da entrada de processos e o aumento do índice de êxito processual são exemplos de possíveis aperfeiçoamentos nessa área por meio da melhoria da gestão da prevenção de entradas e de estratégias para acordos e recursos.

Esse trabalho começa com a localização das oportunidades. Se os concorrentes têm melhor desempenho ou se o próprio departamento entregou resultados melhores em anos anteriores, existe espaço para melhorias.

Uma vez identificadas as ineficiências, é preciso estabelecer metas e ações. Um método comumente empregado nos projetos do Aquila é o PDCA (Planejar, Executar, Checar e Agir). Os planos são fundamentais, mas é necessário checar posteriormente se as ações planejadas foram efetivas ou não. Se os resultados forem atingidos, as boas práticas devem ser padronizadas. Se não, é preciso pensar em contramedidas.

“Gestão significa ‘fazer acontecer continuamente’, mesmo com limitações de recursos”, afirma Chaves. Para entender com mais detalhes esses processos, veja o vídeo da palestra de Chaves.