Afaste os vilões do sucesso empresarial

Vencer o pessimismo, avançar em ideias e progredir na elaboração de um plano de negócio já não é uma tarefa fácil de se superar. Depois dessa primeira etapa, ainda vem a execução do plano de negócio, capaz de permitir ao novo empreendedor não se afundar em problemas que culminem em seu fim. Os vilões que podem levar ao fracasso dos negócios estão, muitas vezes, onde não se espera, como por exemplo, no comodismo dos empreendedores e falta de foco. Noções de contabilidade, recursos humanos e gestão financeira são bem-vindas e podem ajudar muito a resolver os “pepinos” que podem aparecer nos primeiros meses. Veja algumas dicas que podem ser essenciais nessa caminhada:

 

1. Falta de controle de Capital de Giro/Fluxo de Caixa: para quem está começando, é fundamental organizar o capital de giro.
Entre vender um produto, produzir, entregar e receber, é preciso que o empreendedor saiba direcionar o dinheiro disponível para determinadas ações, como aluguel, compra de insumos e salários dos funcionários. “A falta de capital de giro dificulta o crescimento operacional da empresa. É o caso do regime de competência (a empresa dá dinheiro) versus regime de caixa (despesas altas)”, ressalta Ray Queiroga, sócio do Instituto Aquila.

 

 

2. Não definição de metas ou metas mal definidas: meta por meta não representa absolutamente nada.
A meta bem definida tem três características: objetivo, valor e prazo. E, ao estabelecê-la, é preciso ter certeza de que os objetivos são focados nos fins da empresa, ou seja, nas finanças. E todos eles precisam ser valorados. Aí sim, sabe-se exatamente qual será o ganho exato que se pretende obter, seja com aumento de receita, controle de custos ou a redução de uma despesa. E, por fim, o prazo, ou seja, em quanto tempo se almeja alcançar os resultados traçados. Vale lembrar que a meta também precisa ser desafiadora, visando a estimular o crescimento da empresa e dos funcionários. Mas, em contrapartida, não pode ser inviável, pois pode ter o efeito contrário e, então, desmotivar a equipe.

 

 

3. Falta de rituais de gestão: reuniões de avaliação das metas com o resultado alcançado.
Cada ritual de gestão tem uma pauta, uma frequência, e uma duração diferente, mas é preciso observar se a reunião é focada nos resultados, e não nos meios. A reunião de resultados também só é eficaz e se o líder participa, afinal, é fácil o funcionário questionar ‘o que vou fazer em uma reunião na qual o meu chefe não está?’. Além da participação do líder, o ritual precisa acontecer em todos os níveis, de operários ao nível coordenador-supervisor.

 

 

4. Falta de Padronização.
Cada resultado planejado alcançado representa um problema resolvido. Para que o problema não aconteça novamente, é necessário fazer com que as ações utilizadas para sua solução se tornem padrões. O padrão é o registro, passo a passo, do que tem de ser feito, com o responsável e periodicidade de execução. Para garantir que o padrão seja cumprido, é necessário também auditá-lo periodicamente.

 

 

5. Comodismo: o mau comportamento do líder é prejudicial para a sobrevivência e sucesso da empresa.
Depois de crescer e atingir as metas, a empresa esbarra na acomodação dos profissionais. Como a situação está confortável, não há estímulo para melhorar. A demanda cresce, a velocidade aumenta e os profissionais não acompanham o ritmo do crescimento, fazendo apenas o necessário, deixando de lado o trivial, o que acarreta sério problema em médio e longo prazos. É nos rituais de gestão que as metas serão revistas, estimulando os colaboradores. A maioria, ao atingi-la, estaciona, sentindo-se confortável naquele porto seguro. E aí, o papel do líder é fundamental, pois ele é o primeiro que não pode entrar na acomodação.

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